O correio pneumático é a tecnologia para transporte interno de suprimentos adotada pelos principais hospitais do Brasil hoje. Apesar de eficaz, é uma solução que exige um investimento alto e consome muita energia elétrica.
A maior barreira, porém, é a necessidade de instalar o sistema ainda na construção do edifício. Assim, instituições de saúde que operam em prédios mais antigos ou tombados, como uma Santa Casa, ou em edifícios de grandes centros urbanos, precisam buscar soluções alternativas.
O THAS – Teletransporte Hospitalar Autônomo Suspenso é um sistema robótico, ainda em fase de conceito, apresentado pela Aclin na Hospitalar 2019 como substituto do correio pneumático. Entenda como ele funciona.
O que faz o teletransporte hospitalar?
Usando tecnologia de ponta como Internet das Coisas (IoT) e inteligência artificial, o THAS é um sistema que reúne software e hardware para conduzir suprimentos dentro de hospitais. Ou seja, materiais como medicamentos, equipamentos médicos, bolsas de sangue, documentos alimentos, resíduos e roupas.
O sistema é robótico e suspenso – ou seja, a instalação não exige grandes obras com impacto na estrutura do edifício. A conexão é feita via Wi-Fi ou Bluethooth. Sensores de colisão e reguladores de velocidade garantem a segurança e, com inteligência artificial, a tecnologia calcula a melhor rota para a entrega, priorizando serviços de acordo com a urgência.
O pedido é feito por aplicativo e o sistema funciona de maneira muito simples:
- O profissional de saúde devidamente cadastrado faz o pedido, usando um smartphone;
- O robô se desloca até o local indicado;
- O profissional recebe o pedido ou despacha a carga desejada.
O poder da tecnologia da informação
Por ser baseado em tecnologia da informação, o THAS – Teletransporte Hospitalar Autônomo Suspenso tem funcionalidades que extrapolam as possibilidades do correio pneumático. Os dados gerados são aproveitados para otimizar toda a cadeia.
Localização de bens patrimoniais
Ao se deslocar, o THAS também é capaz de buscar e encontrar bens, fornecendo sua localização atual para a base de dados. Com sistema GPS, é possível localizar e monitorar o patrimônio também fora do hospital. Assim, a tecnologia substitui também as antenas de detecção de etiquetas inteligentes RFID (identificação por radiofrequência).
Histórico e estatísticas de uso
Coletando dados e armazenando em nuvem, o software disponibiliza um histórico de uso do sistema, que permite rastrear eventos passados, além de gerar estatísticas úteis para a melhoria contínua.
Early adopters
Hoje, o THAS – Teletransporte Hospitalar está em fase de conceito. Instituições de saúde interessadas em adquirir a solução como early adopters estão sendo avaliadas e selecionadas para a fase de experimentação, com valor diferenciado. Para fazer parte desse grupo, entre em contato.