A manutenção hospitalar preditiva assegura o bom funcionamento de um Estabelecimento Assistencial de Saúde (EAS). Esse processo garante mais segurança a pacientes e funcionários dos EAS. Nesse cenário, há diferentes modelos de manutenção hospitalar, que podem ser aplicadas, através de alguns passos, de acordo com a necessidade de intervenção. Acesse aqui o nosso guia de boas práticas para a manutenção hospitalar.
Como funciona a manutenção hospitalar preditiva?
A manutenção hospitalar preditiva é uma das opções mais rentáveis e confiáveis que estão disponíveis para serem aplicadas em equipamentos de EAS. Esse processo consiste na realização de inspeções instrumentadas, dentro de um determinado intervalo de tempo, nos aparelhos visando a predição de falhas.
Ter um equipamento quebrado significa prejuízo, perda de produtividade e insegurança nos procedimentos médicos. Sendo assim, manter os aparelhos funcionando em boas condições é o objetivo de qualquer técnica de manutenção. A preditiva, nesse sentido, é uma das únicas formas de antever todo tipo de defeito que uma máquina pode vir a ter. Quando eficiente, é possível diminuir as paradas emergenciais e também eliminar a necessidade de examinar o equipamento em busca de defeitos.
Principais objetivos
É através desse monitoramento constante que o hospital pode ter certeza da saúde de seus equipamentos. Por ser eficaz tanto em relação ao custo quanto em seu nível de confiabilidade, a manutenção preditiva garante ao gestor uma facilidade administrativa, haja vista que se tem o controle sobre os recursos da instituição e sobre a segurança tanto dos funcionários quanto dos pacientes.
Além disso, seu custo-benefício é o melhor quando comparado aos outros modelos de manutenção, pois ela só demanda a ação diante de alguma falha potencial. Assim, em caso de desvio, é necessário trabalhar apenas para contê-lo, impedindo assim que a falha potencial venha a ser uma falha funcional.
Defina um cronograma de manutenção
Sabe-se que o nível de performance de um equipamento está diretamente relacionado com a sua vida útil e que, no decorrer do tempo, o seu desempenho é gradativamente reduzido. Por essa razão, a manutenção preditiva atua encontrando defeitos iniciais. Para que isso ocorra é preciso executar, de tempos em tempos, inspeções regulares com a ajuda de instrumentos de análise, as quais devem ser feitas desde a primeira utilização do equipamento.
É importante que esse monitoramento seja feito com certa periodicidade, que deve ser sempre constante e pode ser determinada de acordo com as características de cada aparelho. Ao longo do tempo, adquire-se um histórico de funcionamento, facilitando a percepção das tendências que o equipamento demonstra e, portanto, torna-se possível aumentar ou diminuir estrategicamente essa frequência de inspeção.
Essa frequência é influenciada pelo número de pontos de medição, o número de equipamentos a serem examinados, o tempo de uso dos equipamentos, além da importância e disponibilidade de cada um no ambiente hospitalar.
Com a análise, é possível detectar falhas iniciais, quando o reparo costuma ser mais simples e barato. Ademais, caso não haja defeitos não é necessário realizar nenhum tipo de manutenção. Isso gera uma grande redução de custos, principalmente porque ao descobrir um problema desde o início, torna-se possível planejar soluções e programar um serviço para corrigi-lo de maneira pontual e mais precisa.
Selecione as tecnologias adequadas
Há uma série de técnicas que podem ser aplicadas na manutenção preditiva para constatar os prováveis defeitos de um equipamento, em todos os seus níveis de complexidade. Dentre elas destacam-se quatro formas principais, sendo que cada uma monitora um tipo diferente de falha.
A análise de óleo viabiliza o diagnóstico das condições dos fluidos em diversos equipamentos. Assim, identificam-se aspectos como a contaminação e o desgaste de componentes.
A análise de vibração detecta vibrações excessivas em diversos equipamentos. Isso pode sinalizar falhas como por exemplo o desalinhamento da máquina, problemas de equilíbrio e de rolamento.
Por meio da verificação ultrassônica é possível monitorar equipamentos elétricos de alta tensão e detectar vazamentos em sistemas pressurizados (como vapor e ar).
Com a termografia é possível medir temperaturas de operação e identificar padrões térmicos dos equipamentos. Sendo assim, aponta problemas com as conexões elétricas, além do sobreaquecimento de rolamentos, desalinhamento em acoplamentos e cintos, dentre outros.
Ainda é fundamental que a equipe de engenharia clínica responsável pela manutenção conheça os modos de falha dos aparelhos, para assim eleger a técnica preditiva a ser aplicada. Além disso, é mais do que necessário saber qual sintoma o aparelho está apresentando, qual o tipo de falha para, consequentemente, determinar a preditiva ideal.
Determine os recursos necessários
É essencial eleger quais recursos serão utilizados na manutenção preditiva. Diante disso, é válido determinar, por exemplo, quais equipes serão responsáveis por sua execução. Nesse sentido, as EAS podem optar por profissionais internos ou terceirizados.
Tendo em vista isso, quando os recursos internos não estiverem disponíveis, a terceirização de um provedor qualificado é uma alternativa viável, que agrega ainda o fator de economia. Além disso, é fundamental que a gestão hospitalar organize e administre o programa de manutenção, definindo suas características de execução acompanhando seus resultados.
Benefícios da sua utilização
Com a manutenção preditiva as clínicas, laboratórios e hospitais têm um parque tecnológico com uma vida útil mais longa, menor desperdício de materiais, maior produtividade e menor custo com manutenção. Por outro lado, quando as instituições de saúde não aplicam a manutenção preditiva, surge maior demanda pela manutenção corretiva, que exige mais recursos financeiros e maior tempo para ser aplicada. Entenda a diferença das três modalidades de manutenção hospitalar.
Não há dúvidas de que a manutenção preditiva reduz substancialmente os custos e aumenta a produtividade das EAS ao promover o funcionamento adequado de seus equipamentos. E por tratar-se de um procedimento complexo e tão importante, uma das melhores formas de realizá-lo é através do uso de ferramentas como Aclin-Check. Com ele, a equipe de engenharia clínica pode monitorar precisamente todo o parque tecnológico da instituição, além de executar calibrações. Assim, ao utilizar o Aclin-Check na aplicação da manutenção preditiva é possível aliar tecnologia e conhecimento a favor da inovação hospitalar.